Lenormand Piatnik |
Com o intuito de valorizar o baralho Lenormand, decido falar sobre algo que vez ou outra surge nas conversas entre os adeptos da cartomancia: a associação de técnicas para atendimento.
É mais do que comum alguém que atende com cartomancia oferecer também conselhos astrológicos ou numerológicos, indo até mesmo além disso em alguns casos. A chave da questão, no meu modo de ver, é avaliarmos a necessidade destas associações para um único atendimento.
Se por um lado há a impressão de uma consulta mais completa, por outro, obviamente, se reduz o espaço para explorar de maneira ampla toda a possibilidade ofertada pela cartomancia em si. Não sou especialista nas técnicas citadas (astrologia e numerologia) assim como em qualquer outra que por ventura seja associada à cartomancia nas consultas, mas tenho alguma base e por experiência própria constatei que é mais vantajoso ter foco em um único recurso.
Não conheço profundamente todos os oráculos (seria impossível!!!), apenas tento a compreensão das mensagens transmitidas por aquele que escolhi para utilizar com maior frequência, o Lenormand. Apesar disso, não imagino que exista um oráculo incompleto, e sim que todos são criados baseados em um sistema que viabilize a abordagem de qualquer tema. Assim, quando optamos por misturar as coisas, antes de tudo subestimamos a capacidade de esclarecimento ofertada pelo oráculo de nossa escolha.
Sei que há quem goste de associar técnicas para atendimento e puxar uma informação daqui e outra dali, incluindo neste grupo alguns amigos. Deste modo, não pretendo com este texto censurar o método de trabalho de ninguém (nem tenho este poder), mas simplesmente mostrar que não há necessidade de conhecer uma série de coisas para se fazer uma consulta de cartomancia.
Há momentos em que parece imperativo conhecer um pouco de tudo, o que não acho que seja uma verdade. Deste modo, prefiro prezar pelo simples e gostaria de levar este ponto de vista a quem deseja aprender a cartomancia. Ela pode ser simples e se bastar, não havendo o pré-requisito de ser o mestre dos magos ou a bruxa de avalon para fazer uma boa leitura, como às vezes fazem parecer!
Concordo contigo. Não é necessário. O baralho é soberano na consulta, todos os demais elementos são adendos, "cores na paleta". Acredito que esse monte de associações encontrem eco inclusive na dita criadora do baralho - que, conforme dizem, era quiromante, astróloga, geomante, herbóloga, só faltava fritar bolinho, como se diz por aqui. O que percebo, e leio de colegas dizendo o mesmo, é que, quanto mais você se aprofunda nas imagens e nos significados, menos você precisa de outras referências. O que não desmerece quem use, ao contrário: passa a ser uma leitura pessoal, independente da unicidade da técnica. O consultante preenche os buracos da leitura com leituras de outros oráculos, focando-se naquilo que considera principal em cada um deles.
ResponderExcluirMinha preocupação é outra. É a associação, a correlação das disciplinas interferindo na arte do baralho. Frente ao Tarô, o Lenormand ainda está "limpinho", sem tantas disciplinas associadas (até o momento, só vi os Orixás aqui no Brasil e a Astrologia na Europa). Mas não tenho a esperança de que isso permaneça nos próximos anos não.
Forte abraço, Leandro!
Grande Emanuel, sempre com algo positivo a acrescentar! Seu comentário caiu como uma luva para complementar a postagem.
ExcluirAbração!