Iniciação na Wicca


Cada tradição wiccana usa suas próprias cerimônias de iniciação, que podem ou não ser reconhecidas por outros wiccanos. Em um ponto, contudo, a maior parte dos iniciados concorda: uma pessoa pode ser wiccana somente se ela tiver recebido a iniciação.

Isso levanta uma pergunta interessante: Quem iniciou o primeiro wiccano?

A maior parte das cerimônias de iniciação não passam de ritos que marcam a aceitação de uma pessoa em um coven, e a dedicação dela à Deusa e ao Deus. Nas iniciações em grupos, muitos cultivam a ideia de que o poder é transferido daquele que realiza a cerimônia para o neófito, o que não é verdade.

Muitos se agarram à ideia da necessidade da iniciação, provavelmente pensando que, com tal ato mágico, hão de ser a eles concedidos os poderes desejados. Há ainda quem acredite que a Deusa e o Deus não irão dar atenção a quem não participar de um coven. Não é assim que funciona.

A verdadeira iniciação não é um rito realizado por um ser humano com o outro. Até mesmo se for para aceitar o conceito de que o iniciador está imbuído do poder da deidade durante a iniciação. Ainda assim, é apenas um ritual.

A iniciação é um simbolismo da harmonia entre o iniciado e a Deusa e o Deus. Não é o que transfere poder a alguém. O que dará poder a um wiccano é a forma como ele age com seus estudos, suas práticas, sua disciplina e suas conexões divinas.

Muitos wiccanos admitem, inclusive, que o ritual da iniciação é somente uma formalidade externa inerente à religião. Não é um ato de poder em si. A verdadeira iniciação, a da alma, poderá se dar antes ou depois do ritual, conforme a dedicação do praticante à Arte.

Fonte: O Livro das Sombras de Scott Cunningham (com trecho extraído de Guia Essencial da Bruxa Solitária - do mesmo autor).

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