Pensamento Pagão
"Os pagãos agiram com acerto quando deificaram e santificaram todos os aspectos do mundo natural e da natureza humana. Cumpre resgatar a reverência pelas coisas naturais, bem como o respeito pelo corpo e por suas funções. Cumpre ainda adorar a divindade manifesta na natureza, se é nosso desejo sermos dotados de alguma saúde mental ou corporal e retornar quais filhos pródigos ao seio de nossa Grande Mãe, único lugar em que se pode encontrar a cura para as enfermidades advindas do excesso de civilização e da deficiência de sol e de ar."
Dion Fortune (Aspectos do Ocultismo)
A conduta de um Bruxo
Se você quer ser um bom bruxo ou uma boa bruxa, não para que alguém precise apontar suas qualidades, mas para fazer prosperar a própria vida, precisará construir uma base de conhecimento.
No entanto, você deve saber que ler não é o bastante. A Wicca (e a bruxaria em geral) não é uma "religião de livros", apesar de toda a utilidade deles para nós.
Trata-se de uma religião que inspira um contrato com a própria vida, ou seja, você fará sua vida dar certo, pois acredita no poder dos deuses em abençoarem seu caminho e acredita na força de transformação que a natureza pode promover, força esta que você irá utilizar.
Você precisará de participação e prática ativas ao longo do tempo. Irá realizar exercícios que puder aprender em livros e cursos, assim como irá montar as suas próprias práticas.
Irá explorar as ideias que mais fizerem sentido à sua compreensão. Irá também montar um altar e estabelecer diálogo com os deuses, para honrá-los e atraí-los a participar de sua trajetória, te guiando e inspirando conforme suas necessidades. Você terá um livro das sombras e manterá a mente aberta às transformações e à autodescoberta.
Tudo isso, continuamente, te fará uma pessoa muito especial dentro de seus propósitos. Mas repito: não será para alguém te dizer o quanto é bom ou boa na Arte, isso não é sobre vaidade. É sobre o quanto realmente deseja tornar sua existência próspera e abençoada.
O Esbat
Esbat é o nome atribuído à cerimônia que é realizada em cada primeira noite de Lua Cheia, em homenagem à Deusa. São 13 celebrações anuais, desde que se tenha em vista o calendário lunar em lugar do gregoriano.
São celebrações importantes, pois nelas nos conectamos com a Deusa, ao honrá-la.
Não se trata de um ritual no qual seria mais apropriado fazer pedidos diversos mundanos. Os Esbats são realmente datas nas quais os bruxos prestam suas honras à Deusa, atraindo para si suas bençãos.
Se você tiver algum pedido específico para fazer, separe este propósito para um trabalho mágico de encantamento em outra ocasião. Você pode, contudo, aproveitar o Esbat para consagrar um instrumento mágico ou um oráculo, por exemplo.
Deméter e Perséfone - Um Mito do Submundo
Há muitos mitos e lendas do submundo em diferentes culturas. Uma das mais famosas é a história grega de Deméter e sua filha Perséfone.
Até mesmo neste mito em especial encontram-se variações, mas a essência contida nele é a de que Hades, deus do submundo, sequestra Perséfone para ser sua rainha e, diante disso, Deméter, que é a deusa da colheita, seca a Terra e não permite que qualquer coisa cresça nela até que sua filha seja devolvida.
Ocorre que Perséfone, durante sua estadia no submundo, come algumas sementes de romã. E qual o problema? Bem, o problema é que qualquer um que comer alguma coisa no submundo deverá permanecer por lá (aliás, diz-se que isso também vale para o reindo das fadas).
Como o mundo passa a sofrer de estiagem devido à resolução de Deméter, os deuses elaboram um acordo no qual Perséfone permanece no submundo pelo período correspondente a um mês para cada semente que comeu (alguns dizem que foram três, outros que foram seis). Passado este número de meses, ela pode retornar à Terra.
Quando Perséfone retorna, entretanto, ela está mudada devido ao fato de ter experimentado a morte. Por este motivo muitos wiccanos a enxergam como símbolo de transformação e sabedoria, além de incluírem sementes de romã em suas cerimônias para celebração do equinócio de outono (Sabbat de Mabon), em honra a Perséfone.
Pontos em comum na conduta dos bruxos
Independente da vertente escolhida como caminho dentro da bruxaria, os itens abaixo formam parte da conduta dos bruxos em geral:
1- A crença em alguma forma de divindade.
2- Conhecimento sobre os 4 elementos e como eles se manifestam e se relacionam em nosso mundo.
3- Conhecimento sobre ervas, plantas, fases da lua, correspondências magicas.
4- A capacidade de fazer magia.
5- A crença de que podemos moldar nosso destino (não somos meras vitimas do que nos acontece).
6- O contato com seres de outros planos, sejam guias espirituais, fadas ou "mortos".
7- A observância de alguma forma de roda do ano.
8- O respeito e o amor pela natureza.
9- O cuidado com o próprio corpo como instrumento de poder e prazer.
Fonte: Tradição Caminho das Sombras
Pensando com Baralho Cigano
Não permita que as incertezas e indefinições tirem sua coragem e sua capacidade de ação. É certo que é preciso ter calma diante de cenários nos quais as soluções não se apresentam de modo claro, mas você não deve ceder espaço à angústia. Estabeleça um plano e não desconsidere a iniciativa. Você vai superar, você vai vencer.
As Escolhas
A vida sempre te exigirá fazer escolhas. Você precisa tomar decisões o tempo todo, algumas mais importantes do que outras, mas sempre há necessidade de priorizar e renunciar.
Você poderá experientar satisfação ou arrependimento de acordo com o que escolher, conforme o resultado obtido. Ocorre que você não consegue saber qual será o resultado no ato de sua escolha. Logo, não há como ter a certeza absoluta sobre o que fazer.
Assim, para viver em paz consigo, procure ter consciência dos motivos que te levam a cada escolha. Isso te permite compreender o que faz em cada momento de sua vida com lucidez. Se der errado, pelo menos você saberá a razão de ter feito o que fez e não deverá se culpar pelo passado. A vida segue e você pode fazer novas escolhas (na verdade você precisa fazer).
Lembre-se também que alegrias e decepções são parte do que precisa coletar como experiências e que tudo servirá para te proporcionar crescimento.
Velas, pedras, incensos e planetas
As correspondências entre elementos utilizados em rituais ou encantamentos são muito conhecidas e também muito variadas entre diferentes autores. Abaixo há uma lista de possibilidades que são encontradas no livro "Velas - Magia e Ritual", de D. J. Conway.
Júpiter: as cores de vela são o azul real e tons de roxo. As pedras são o lápis-lazuli, ametista e turquesa. Os incensos são os de noz-moscada e cedro. Você pode usar na quinta-feira para abundância e harmonia.
Marte: as velas são as de tonalidades vermelhas. As pedras são o heliotrópio, jaspe sanguíneo, granada e ágata vermelha. O incenso é o sangue-de-dragão. Você pode usar na terça-feira para adquirir coragem e para superar desafios.
Mercúrio: as velas são as de cor laranja ou amarela. As pedras são a cornalina, opala de fogo e ágata. O incenso é o sândalo. Você pode usar na quarta-feira para otimizar o trabalho intelectual e a comunicação.
Lua: as velas são as de cor prata, lilás, cinza-claro ou branca. As pedras são o berilo, cristal de rocha ou pedra da lua. Os incensos são os de jasmim, rosa branca e artemísia. Você pode usar de segunda-feira para aumento da intuição e cura emocional.
Saturno: as velas são as de cor preta, marrom, azul escuro ou violeta. As pedras são o ônix, âmbar negro e safira estrelada. Os incensos são os de mirra, almíscar e benjoim. Você pode usar no sábado para encontrar objetos perdidos ou receber uma dívida.
Sol: as velas são a dourada ou amarela. As pedras são o topázio amarelo e aventurina. Os incensos são os de flor de laranjeira, olíbano e canela. Você pode usar no domingo para cura física e sucesso pessoal ou profissional.
Vênus: as velas são na cor verde, rosa ou azul-claro. As pedras são a esmeralda, quartzo rosa, quartzo verde e jade. Os incensos são os de verbena e incensos de rosas. Você pode usar na sexta-feira para o amor em todas as formas e para elevar a criatividade.
Note que, se você tiver um propósito que combine com alguma das dicas acima, poderá realizar um encantamento combinando os elementos correspondentes. Irá trabalhar no dia determinado da semana e usará uma vela, uma pedra e um incenso. Os elementos utilizados em conjunto amplificam o poder de sua intenção!
Atributos dos Quatro Elementos
As correspondências estabelecidas a seguir não esgotam as informações em relação ao que se atribui aos quatro elementos, mas servem como um roteiro básico para guiar os nossos rituais. Ao conhecermos atributos dos elementos e dependendo do tema abordado ritualisticamente, poderemos direcionar o trabalho mágico e facilitar a concretização de um propósito.
Elemento Terra: é feminino, sólido e estável. Tem correspondência com o norte; os signos astrológicos associados são Touro, Virgem e Capricórnio; fertilidade, dinheiro, estabilidade; alicerces; meios de sustentação, alimentos. Para representação deste elemento, são usados cristais ou sal.
Elemento Ar: é masculino, leve e cerebral; Tem correspondência com o leste; os signos astrológicos associados são Gêmeos, Libra e Aquário; inspiração; conhecimento, escrever; informação; intelecto; comunicação. São usados incensos ou penas para a sua representação.
Elemento Fogo: é masculino, quente e energético. Tem correspondência com o sul; os signos astrológicos associados são Áries, Leão e Sagitário; impetuosidade, paixão; raiva; criatividade; força; luz e brilho; transformação. A representação do fogo é feita pelo próprio elemento, como em uma vela acesa.
Elemento Água: é feminino, promove limpeza e cura. Tem correspondência com o oeste; os signos astrológicos associados são Câncer, Escorpião e Peixes; nutrição; emoções; subconsciente; o oculto; transformação (mais lenta em relação à promovida pelo fogo); mistério; compaixão; segredos. A representação da água é feita pelo próprio elemento, como em um cálice cheio.
Fonte: Wicca para Iniciantes (Thea Sabin)
Regiões Infernais
A região onde Virgílio (poeta romano clássico) localiza a entrada da morada dos mortos talvez seja a mais adequada para dar a ideia do terrífico e do sobrenatural em qualquer ponto da superfície terrestre.
É a região vulcânica perto do Vesúvio, toda cortada de fendas, das quais se levantam chamas sulfúreas, enquanto o solo é sacudido pelo desprendimento de vapores e ruídos misteriosos escapam das entranhas da terra.
Supõe-se que o lago Averno ocupa a cratera de um vulcão extinto. Tem a forma de um círculo com meia milha de largura e é muito profundo. Vapores mefíticos (fétidos e tóxicos) levantam-se de suas águas, de forma que não havia vida em suas margens e nenhuma ave sobrevoava o local.
Ali, segundo o poeta, encontrava-se a gruta que dava acesso às regiões infernais e, neste mesmo local, Enéias ofereceu sacrifícios às divindades do submundo - Prosérpina, Hecate e as Fúrias.
Logo em seguida, ouviu-se um rugido vindo das profundidades da terra, os bosques que cobriam os morros foram sacudidos e o ladrido de cães anunciava a aproximação das divindades.
- Agora - disse a Sibila - arma-te de toda a tua coragem, pois dela vais precisar.
A Sibila convidou Enéias a descer à caverna, uma vez que ele próprio solicitou a passagem com seus sacrifícios ofertados. Lá encontraram todo tipo de monstruosidades, assim como a fonte das piores chagas que consomem a humanidade.
Fonte: O Livro de Ouro da Mitologia (Thomas Bulfinch)
O Círculo
O círculo é um espaço sagrado, exatamente como uma igreja ou templo, mas criado com energia e visualização. Ele representa muitas possibilidades, mas uma bem comum é a de que se trata de um lugar fora do tempo e espaço, entre o mundo material e espiritual, onde o wiccano cria e fortalece as suas conexões com as deidades em rituais específicos que deseja realizar.
A proteção também é associada ao círculo, uma vez que, ao traçá-lo, você determina o que passará e o que não passará por ele. Afinal, ele foi constituído com a sua energia e, então, você é o(a) dono(a) deste espaço.
A concentração para o ritual também é facilitada quando estamos em nosso círculo, justamente porque as interferências externas são reduzidas. Com a redução de interferências e o aumento da concentração, teremos mais facilidade de induzir o transe que facilitará a conexão espiritual.
Outra finalidade muito importante é a de manutenção das energias levantadas para dar força ao ritual que desejamos praticar. Ninguém gostaria de atrair energia para a sua prática e vê-la se dispersar antes de ser utilizada com o direcionamento pretendido. O círculo, então, retém a energia da qual o wiccano irá necessitar para o seu propósito até que o trabalho seja concluído.
Fonte: Wicca para Iniciantes (Thea Sabin)
Iniciação na Wicca
Cada tradição wiccana usa suas próprias cerimônias de iniciação, que podem ou não ser reconhecidas por outros wiccanos. Em um ponto, contudo, a maior parte dos iniciados concorda: uma pessoa pode ser wiccana somente se ela tiver recebido a iniciação.
Isso levanta uma pergunta interessante: Quem iniciou o primeiro wiccano?
A maior parte das cerimônias de iniciação não passam de ritos que marcam a aceitação de uma pessoa em um coven, e a dedicação dela à Deusa e ao Deus. Nas iniciações em grupos, muitos cultivam a ideia de que o poder é transferido daquele que realiza a cerimônia para o neófito, o que não é verdade.
Muitos se agarram à ideia da necessidade da iniciação, provavelmente pensando que, com tal ato mágico, hão de ser a eles concedidos os poderes desejados. Há ainda quem acredite que a Deusa e o Deus não irão dar atenção a quem não participar de um coven. Não é assim que funciona.
A verdadeira iniciação não é um rito realizado por um ser humano com o outro. Até mesmo se for para aceitar o conceito de que o iniciador está imbuído do poder da deidade durante a iniciação. Ainda assim, é apenas um ritual.
A iniciação é um simbolismo da harmonia entre o iniciado e a Deusa e o Deus. Não é o que transfere poder a alguém. O que dará poder a um wiccano é a forma como ele age com seus estudos, suas práticas, sua disciplina e suas conexões divinas.
Muitos wiccanos admitem, inclusive, que o ritual da iniciação é somente uma formalidade externa inerente à religião. Não é um ato de poder em si. A verdadeira iniciação, a da alma, poderá se dar antes ou depois do ritual, conforme a dedicação do praticante à Arte.
Fonte: O Livro das Sombras de Scott Cunningham (com trecho extraído de Guia Essencial da Bruxa Solitária - do mesmo autor).
Paganismo como forma de vida
Há alguns pagãos dos tempos modernos que encontram certo conflito em viver de acordo com os antigos costumes e, na verdade, existe a necessidade de reinterpretação destes costumes. O intuito é o de adaptação à estrutura social dos dias atuais.
Essencialmente, a raiz da adoração pagã é a sintonia com a ordem natural do universo, a celebração dos ciclos naturais e reverência às divindades da natureza.
Historicamente, o povo pagão sempre foi formado por aquelas pessoas que viviam próximas à terra, como fazendeiros, caçadores e pescadores. Essas pessoas são as que efetivamente podem observar as maravilhas do ciclo natural e também a sua importância, pois neste ciclo consiste o meio de vida de quem depende do que a natureza proporciona.
Quando um fazendeiro observava um broto germinar, quando um pescador se guiava em seu barco por uma estrela ou quando o caçador rezava ao Deus dos Chifres para tornar o seu trabalho produtivo, havia a clara relação do homem com o mundo natural.
Hoje, porém, a vida dentro da natureza se tornou menos aparente para muitas pessoas, porque homens e mulheres seguem a ordem social, não mais diretamente a ordem natural. Hoje trabalhamos presos em escritórios, não estamos mais ao ar livre providenciando o próprio sustento.
Devemos nos lembrar, contudo, que não foi a natureza que se escondeu da humanidade, mas a humanidade é que faz tentativas frequentes de subestimar a natureza com o seu "progresso".
Devemos nos lembrar de que o sol e a lua seguem despontando no céu e que mudas verdes em caixas de flores, que é muitas vezes o que podemos ter dentro de casa, possuem a mesma força de vida que ajudou um antigo carvalho a crescer e a atingir sua grandiosidade.
O paganismo é, em sua essência, um convite ao resgate do que sempre fomos. O fato de vivermos hoje em grandes cidades, dentro de apartamentos, não exclui as nossas possibilidades de conexão com a ordem natural que sempre regeu o mundo que habitamos. A preservação de nossas raízes depende unicamente de nós.
Fonte: Caminhos Pagãos (Gwydion O'Hara)
Elemento Água
A água é o elemento da purificação, da mente subconsciente, do amor e das emoções em geral. Assim como a água é fluida, constantemente mudando, também o são as nossas emoções.
É ainda o elemento da absorção e da germinação. O subconsciente é simbolizado pela água, pois está sempre em movimento, como o mar que nunca descansa.
Temas que geralmente são abordados em rituais com invocação das energias pertencentes ao reino deste elemento são: Emoções, sentimentos, amor, fertilidade, cura e autocura, purificação, sabedoria interior, clarividência e confiança.
Energia: Receptiva, feminina
Signos: Câncer, Escorpião e Peixes
Elementais: Ondinas
O Querer e a Vontade
O seu querer é exatamente o que você quer. Você quer um carro novo, você quer fazer uma viagem ou você quer conhecer um restaurante que é muito bem comentado. Você quer coisas, e elas são terrenas, sejam triviais ou importantes.
Sua vontade, contudo, é a força que te eleva à mais alta meta espiritual. Ela transcende o querer. É como seguir a sua ventura, ou seja, o conhecimento interior que te põe no caminho da vida que você realmente precisa viver.
Quando você segue a sua ventura, porque afinal aprendeu a aplicar a vontade, então portas começam a se abrir. Você até poderá temer, porque tudo parecia tão difícil e agora parece fácil, mas não tema.
A sua vontade poderá te colocar onde jamais imaginou, ou, quem sabe, sempre imaginou, mas te faltava entender que tudo isso poderia ser realmente seu.
Ensinamento Bruxo - Assentamento
A terra é uma de nossas maiores fontes de energia e, como ela está viva, irradia energia o tempo todo. Ela pode, inclusive, estocar e neutralizar energia.
Quando um bruxo pratica a magia, geralmente ele não utiliza a energia de seu próprio corpo, uma vez que precisará dela. Ao invés disso, a energia utilizada é retirada da terra. Assim, podemos acabar acumulando energia em dados momentos, ou mesmo podemos acidentalmente captar algum tipo de energia prejudicial.
Contudo, é importante dizer que não retemos energias em excesso somente no trabalho mágico ou ritualístico. Isso ocorre em qualquer lugar!
A tensão de um dia de trabalho ou do estresse gerado pelo trânsito em grandes cidades ocasiona acúmulo energético indevido. Você deve, então, livrar-se dessa energia e para isso praticará o assentamento.
Ao direcionar à terra a energia das quais deseja se livrar, você não a estará prejudicando. Ela irá neutralizar isso que te fazia mal.
Mas como você poderá saber se está com energia em excesso e tendo o próprio equilíbrio prejudicado?
Alguns sintomas serão sugestivos, tais como sentir a cabeça pesada, sensação de ficar "fora do ar", enjoo, sensação de ferimento ou raiva sem motivo aparente. Algumas pessoas podem, inclusive, experimentar a sensação de embriaguez. Nada disso deve permanecer com você, seja para o trabalho de magia ou para qualquer situação da vida.
Para assentar energias na terra você irá utilizar determinadas técnicas, que serão as mais variadas. A seguir há dois exemplos que podem ser praticados:
Respiração: Respire devagar e profundamente, visualizando empurrar o excesso de energia para fora de seu corpo a cada expiração. Ao inspirar, você não irá sintonizar mais energias, irá se concentrar apenas em buscar o ar. Lembre-se de respirar calmamente. Puxar e soltar o ar rapidamente ajuda apenas a elevar o nível de energia, não a livrar-se dela.
Sacudir as mãos: Visualize empurrar o excesso de energia para suas mãos, então as sacuda como se houvesse água nelas. Evite fazer isso perto de outras pessoas, pois é para a terra que deverá mandar essa energia e não para cima de alguém.
Fonte: Wicca para Iniciantes (Thea Sabin)
Ensinamento Bruxo - Visualização
A visualização significa criar uma imagem para sua visão mental daquilo que você quer que aconteça. Há uma ideia sobre magia de que a energia flui através do pensamento. Isso significa que se você criar e puder ver algo em sua mente, essa imagem atrairá energia. Assim, o que você aprender a visualizar, começará a se tornar realidade.
Visualização tem a ver com afirmação. Afirmações são colocações positivas que você repete para si mesmo, a fim de imprimi-las em seu subconsciente. A partir do momento em que você cria esta impressão, o seu subconsciente irá trabalhar para tornar isso realidade de um modo diferente de como você racionalmente faria.
A sua mente consciente é analítica e sempre irá colocar impedimentos ao que você pensar que desejaria alcançar. A mente consciente vai te dizer que "para tal desejo, você precisa antes de tal coisa" e isso, muitas vezes, te faz desistir, pois tudo parecerá difícil.
O trabalho com o subconsicente é diferente. Ele simplesmente irá registrar a impressão que você gera com a visualização treinada e então quer converter isso em realidade, te impulsionando a materializar o que visualizou. O subconsciente te mostrará caminhos para realizar.
Quanto mais visualizar algo, mais real isso se tornará na sua cabeça. Quanto mais real for na sua cabeça, mais real será também ao seu redor.
Lembre-se: isso é uma prática de magia, portanto quanto mais treino maior a eficácia. Lembre-se também: faça o que desejar, desde que não cause prejuízos a outra pessoa. Seja consciente sobre as suas visualizações e assuma a responsabilidade sobre suas materializações.
Fonte: Wicca para Iniciantes (Thea Sabin)
Mito de Leandro e Hero
Leandro era um jovem de Ábidos, cidade situada na margem asiática do estreito que separa a Ásia da Europa. Na margem oposta do estreito, na cidade de Sestos, vivia a donzela Hero, sacerdotisa de Vênus. Leandro a amava e costumava atravessar o estreito a nado, todas as noites, para gozar da companhia da amante, guiado por uma tocha que ela acendia na torre.
Em uma noite de forte tempestade, entretanto, o mar estava muito agitado e o jovem perdeu as forças, afogando-se. As ondas levaram o corpo à margem europeia, onde Hero tomou conhecimento da morte do amado e, desesperada, atirou-se da torre ao mar, igualmente perdendo a vida.
A história de Leandro atravessando o Helesponto a nado era tida como lendária e considerada impossível, até Lord Byron provar a sua possibilidade, realizando a façanha ele próprio.
A distância percorrida diariamente a nado, motivada pelo amor, era de quase uma milha (equivalente a 1.609m).
Fonte: O Livro de Ouro da Mitologia (Thomas Bulfinch)
O Athame
O athame é um punhal, tradicionalmente de cabo preto e dois gumes, usado na Wicca e em algumas outras vertentes de Bruxaria. Ele é utilizado para traçar o Círculo Mágico ou emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para banir presenças espirituais indesejadas.
As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia.
O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.
O Athame atualmente também é utilizado para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade. As(os) bruxas(os) só usam seus Athames em rituais e feitiços, uma vez que a finalidade pretendida é bem específica.
Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hecate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.
Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns espíritos, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas na outra.
Fonte: awicca.com.br
Ensinamento Bruxo
A Bruxaria, como uma religião para a qual a terra é divina, nos ensina sobre a importância da existência material sem que sejamos materialistas.
Para a prática de nossas diversas magias e rituais, é necessário que o pensamento seja centrado no agora e no que está à nossa volta. É preciso compreender e aceitar o local onde nos encontramos, pois é a partir dele que nosso trabalho se dará.
A beleza deste ensinamento consiste no fato de que um bruxo entende a importância de viver sempre o dia de hoje, sempre aproveitar o momento. Reconhecemos o presente como uma dádiva, afinal ele sempre simboliza a oportunidade de providenciarmos o que desejamos.
Seguimos um caminho espiritual e, portanto, acreditamos no que virá depois. Nossa crença nos permite vislumbrar um local para onde iremos após abandonarmos o corpo material. Contudo, a postura não é passiva aguardando bençãos divinas, ou de conformidade em deixar a vida passar por sabermos que ela continuará após a morte física.
Sabemos que há uma razão muito importante para estarmos aqui e então fazemos valer a oportunidade da vida. Todos os rituais e práticas mágicas são envolvidos do propósito de fortalecimento pessoal e consciência a respeito do presente. Nossa celebração é aos deuses, à natureza e à vida que acontece agora. Essa é a verdadeira Arte.
Summis desiderantes affectibus
O documento assim entitulado foi uma bula papal emitida em 1484 pelo Papa Inocêncio VIII. Esta bula foi escrita para reverter um documento anterior, o Canon episcopi. O que mudou de um para outro?
Em resumo, o Canon episcopi relatava que a Bruxaria era uma ilusão de mentes insensatas e que basicamente não existia. Era um documento claramente tendencioso que denegria os bruxos e bruxas, contudo sem incriminá-los. O Summis desiderantes affectibus, por sua vez, afirmou que a Bruxaria existia e que praticá-la era considerado heresia.
Essa bula foi colocada como precursora do infame Malleus Maleficarum, abrindo caminho à Inquisição e à caça às bruxas na Europa, culminando na morte de milhares de pessoas, as quais foram então acusadas de heresia.
Foi daí que surgiram ideias como a de que bruxos faziam pacto com o diabo, entre outras. Tudo isso para criar um cenário que pudesse justificar as atrocidades e crimes praticados contra a humanidade.
Somente para enriquecer este texto, vejamos significados possíveis da palavra heresia de acordo com o dicionário: Heresia - atitude ou palavra que ofende a religião; teoria ou ideia contrária à doutrina definida por um grupo.
Pois bem, a Bruxaria jamais pretendeu ofender ou contrariar alguém. Trata-se de uma religião de culto à natureza e a divindades anteriores ao Cristianismo. Deste modo, chamar alguém de herético é dizer que esta pessoa te ofende ou te contraria apenas por não pensar como você.
Para refletir: Isso é ter o desejo de ser livre e, ao mesmo tempo, impedir a liberdade alheia.
Quando terminou a perseguição à Bruxaria?
Sabia que somente em 1951 a última lei contra a bruxaria foi abolida na Inglaterra? Isso equivale a dizer que há pouco mais de 50 anos os praticantes de bruxaria deixaram de ser perseguidos pela justiça pelo simples fato de exercerem sua religião.
É muito pouco tempo! Principalmente se pensarmos em termos religiosos. Quando falamos em Inquisição, temos o hábito de pensar que se trata de algo localizado em um passado extremamente distante, mas o renascimento da bruxaria de forma livre é, na realidade, bastante recente.
Após o ano de 1951, com caminho aberto para as práticas mágicas, foi quando Gerald Gardner passou a ter a preocupação de fazer com que a Wicca, sistema moderno de bruxaria aliando práticas ancestrais às necessidades atuais, fosse divulgada e assimilada pelos mais jovens. Para isso, ele considerou que o melhor caminho seria a escrita.
Lançou os livros "A Bruxaria Hoje", em 1954 e "O Significado da Bruxaria", em 1959. Muito, ou quase tudo, do que conhecemos e praticamos em WIcca, veio com Gerald Gardner. Sua tradição, a Gardneriana, foi a primeira organizada a partir desta concepção da bruxaria moderna. Posteriormente, foram muitas as tradições e grupos que beberam desta fonte, organizando-se tal qual a própria conveniência para celebrar aos deuses antigos e à natureza.
O que muda entre Pagão, Bruxo e Wiccano?
Alguns termos para facilitar a compreensão:
Pagão: aquele que pratica uma religião de culto à natureza.
Bruxo: é um tipo de pagão, uma vez que a Bruxaria é uma entre as religiões pagãs.
Wiccano: é aquele que pratica uma vertente da Bruxaria, ou seja, o sistema denominado Wicca.
Deste modo, o Paganismo é o culto à natureza no sentido amplo, a Bruxaria é uma religião pagã e a Wicca é um dos sistemas possíveis de Bruxaria.
Pode-se dizer ainda, tomando como base as explicações acima, que nem todo pagão é bruxo e nem todo bruxo é wiccano.
O Altar
Há muitas formas de se organizar um altar e ele é, sem dúvida, algo completamente pessoal. O altar é o ponto de força que você organiza para estabelecer a sua conexão com a espiritualidade.
Não significa que para a magia acontecer em sua vida, para sua intuição fluir ou para qualquer oração que precise fazer diante de uma situação específica, você deverá estar diante do altar. Afinal, nem sempre você poderá!
Pode ocorrer algo na rua ou no trabalho e você, como bruxo, sentir a necessidade de lançar mão de um recurso mágico com a intenção de modificar uma situação negativa, tornando-a positiva. Este é o nosso papel, é o trabalho de quem lida com magia, seja em benefício próprio ou de um semelhante.
Contudo, o seu altar será o canto ao qual irá se recolher para fortalecer as suas conexões espirituais, sempre que for preciso ou desejado.
Mas como organizar o meu altar? O que devo colocar nele ou o que devo evitar colocar? Bem, como eu disse em minhas primeiras palavras neste texto, o altar é completamente pessoal e, assim sendo, você precisa sentir o que flui para você e o que te atrapalha. Isso será determinante para inserir ou retirar objetos de seu altar.
Falando em objetos, chegamos onde eu queria tratar. Muitas pessoas acreditam que um altar com muitos objetos será melhor, principalmente se forem objetos ricos, lindos, de prata, super caros e etc. Em minha humilde opinião, e isso é particular, o seu altar pode ser bem simples, se assim o quiser (ou mesmo se for como puder fazer, afinal nem todos podem pagar o preço de certos instrumentos que gostariam de possuir).
Lembre-se que um bruxo trabalha com energias. Você é quem transfere o seu poder aos objetos que utiliza e não o contrário. Você possui a energia requerida para a prática mágica e os instrumentos mágicos são literalmente isso: instrumentos.
Se as suas conexões forem sinceras, se você honrar aos deuses com orações e agradecimentos verdadeiros, isso terá mais valor do que qualquer prataria sem funcionalidade em seu altar, a qual está ali por talvez você considerar que, devido ao preço e à beleza, te fará mais forte sem que você precise criar a sua própria ligação com as divindades.
Gostaria de finalizar o texto com algumas palavras que poderão ser valiosas a você que chegou até aqui na leitura. Lembre-se: "os instrumentos mágicos que você utiliza são relativos, mas você é essencial".
A Roda do Ano
Existem oito datas pré-determinadas durante o decorrer do ano nas quais os ciclos da natureza são celebrados. Essas datas são chamadas de Sabbats.
Para nós, praticantes da Bruxaria, o ano é uma grande roda sem começo ou fim e, por isso, os oito Sabbats formam a "Roda do Ano".
Bruxos observam a profundidade da relação entre o ser humano e o ambiente que o cerca. Por este motivo, acreditamos que a natureza é a própria manifestação da Deusa, sendo coerente celebrar as mudanças que nela ocorrem.
Fonte: Wicca - A Religião da Deusa (Claudiney Prieto)
O Mito de Prometeu
Prometeu era um dos titãs, uma raça gigantesca que habitou a Terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram incumbidos de fazer o homem e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias à sua preservação.
Epimeteu encarregou-se da obra, e Prometeu, de examiná-la depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de atribuir a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade, asas a um, garras a outro, etc.
Quando, porém, chegou a vez do homem, que tinha de ser superior a todos os outros animais, Epimeteu gastara seus recursos com tanta prodigalidade que nada mais restava. Perplexo, recorreu a seu irmão Prometeu que, com a ajuda de Minerva, subiu ao céu e acendeu sua tocha com a força do sol, trazendo o fogo para o homem.
Com esse dom, o homem assegurou sua superioridade. O fogo lhe forneceu o meio de construir armas com as quais subjugou os animais, assim como as ferramentas com as quais cultivou a terra. Além disso, o fogo aqueceu a sua morada, gerando relativa independência do clima.
Finalmente, com o fogo o homem criou a arte da cunhagem das moedas, ampliando e facilitando as atividades comerciais
Dagda - Panteão Celta
Dagda, o sábio poderoso, pai supremo dos celtas irlandeses, encarna a beneficência. Com efeito, o seu nome significa "O Bom Deus". É Glutão, possui sexualidade transbordante e é casado com Morrigan, Deusa da Guerra.
Como protetor dos Tuatha de Dannan, Dagda desempenha papel primordial no conflito que opõe esta tribo aos Fomorianos. Dagda é o equivalente do deus Taranis, o qual os Romanos descreviam como o Júpiter dos Gauleses.
Quando pensamos em Dagda, precisamos considerar a sua dualidade, conforme a mitologia celta. Ele tanto é o benévolo como é também o guerreiro temível. Estes são os atributos que você poderá invocar para sua vida, ao celebrar esta divindade e trabalhar com sua energia.
O Nome Mágico
Um novo nome sempre é assumido por aqueles que se iniciam na Bruxaria. Na realidade, o bruxo/a bruxa pode ter de dois a três nomes que lhe são acrescentados de acordo com o tempo de prática religiosa. Vamos a eles:
- Nome da Arte: É o nome escolhido no rito de dedicação e, por isso, deve ter significado especial para o(a) dedicante. Pode ser, como exemplos, o nome de uma flor, uma árvore, um Deus ou uma Deusa.
- Nome Iniciático: É o nome assumido após o rito de iniciação. Em algumas tradições, o nome é orientado pelos deuses ao sacerdote/sacerdotisa para que seja transmitido a quem se inicia na Arte. É o nome pelo qual o(a) iniciante será conhecido(a) pela Deusa e pelo Deus, não sendo recomendado a sua revelação fora dos rituais que irá realizar.
- Nome do Coven: O(A) Bruxo(a) pode ainda escolher um nome pelo qual será conhecido(a) dentro da comunidade religiosa da qual participa e, para isso, não há nenhum rito especial.
Fonte: Wicca - A Religião da Deusa - Claudiney Prieto
Como saberei se a Bruxaria é a minha religião?
Se você estiver em dúvida sobre o seu caminho religioso e viver aguardando pela certeza, talvez ela não apareça e há um motivo para isso. Opções lhe serão apresentadas e sinais serão transmitidos, mas depende de quanto você irá se sensibilizar com cada chamado que possa receber. Seu livre arbítrio sempre será presente e o que você receberá são convites, os quais irá aceitar ou declinar. Não haverá imposições. Todo ser humano é dotado do poder de escolha e deve se responsabilizar por aquela que faz.
Uma dica, entretanto, você poderá considerar. Possui interesse pela Bruxaria? Então, antes de determiná-la como o seu caminho, procure compreender qual a sua relação com a natureza. Todos os seres possuem ligação com a natureza, porém uns sentem um chamado maior e mais claro das forças naturais em relação a outros.
Quando você passeia por um parque, por exemplo, enxerga a oportunidade como apenas um entretenimento ou entende que aquele ambiente te desperta algo internamente? Se for assim, este será um ótimo sinal, pois a Bruxaria cultua a natureza e reverencia toda forma de vida que pulsa à sua volta. Se o seu desejo é o de cultuar a natureza, e não apenas enxergar um parque frondoso como bom lugar para caminhadas, procure pesar esta informação em sua decisão.
Outra dica é a de procurar compreender qual é a sua relação com os deuses antigos. Sente algo quando se depara com informações sobre divindades cultuadas em outros tempos? Você vai precisar estudar, conhecer e entender quais são as suas conexões. Os deuses são muito próximos a nós e por nós serão celebrados, tanto quanto seremos procurados por eles. Se há algo em seu íntimo que te conduz a celebrar alguma divindade em especial e a desejar tê-la participando diretamente de sua vida, esta informação também é importante.
Se você, entretanto, não sente o que foi colocado acima e o seu interesse consiste apenas em aprender feitiços que possam agir em benefício próprio, tenha cuidado. Se este for o seu parâmetro, você poderá se decepcionar. Pesquise antes, perceba os sinais e pondere!
Magia e Perdão
Bruxas e Bruxos sempre precisarão utilizar a sua própria arte, a qual apresenta o benefício de modificar as circunstâncias ao redor, para desenvolver o perdão no sentido amplo da palavra.
Caso você se arrependa de atitudes pretéritas, verifique se estas ações prejudicaram alguém e reconheça o erro, peça o perdão e busque a retratação. Por outro lado, se alguém lhe causou prejuízos intencionalmente, perdoe e siga adiante. O desejo de vingança irá amarrar a sua vida e a posterior sensação de tempo perdido será amarga. A vida é preciosa e o tempo urge.
Se o prejuízo foi próprio em função de alguma decisão equivocada, então perdoe-se. Quanto você pratica o autoperdão?
Participar da vida é fazer escolhas e tomar decisões de forma incessante. Você irá acertar, mas também irá errar. Acertos ou erros, entretanto, são constatações posteriores. No ato de decidir, você sempre irá basear-se no que sente e no que sabe naquele momento.
Portanto, não se condene caso considerar o seu conhecimento de outrora defasado ou inadequado. Respeite a pessoa que você já foi para respeitar quem você é hoje. Você tem o poder de transformar a sua vida, caso mantenha a fé e a disciplina exigidas de alguém especial como você, mas precisa caminhar com leveza para realizar a sua magia.
Perdoe e viva leve. Aplique sua arte para transformar, em primeiro lugar, o que precisa ser modificado em seu interior. Após equilibrar-se internamente, passe então a utilizar a magia à sua volta, sempre respeitando o Dogma da Arte.
Abençoados Sejam
Mjölnir
Na mitologia nórdica, o Mjölnir (significando, em português, aquilo que esmaga - pronúncia: mielnir ou miolnir, sendo mais comum miolnir) é o martelo do deus Thor, o qual é associado ao trovão na mitologia daquele sistema religioso pagão.
Recentemente, o Mjölnir se popularizou entre o público brasileiro, sendo utilizado como adorno (principalmente como pingente em colares) entre adeptos e simpatizantes do paganismo, especialmente o nórdico.
O tema, durante longo período controverso e alvo de estudo de um público bem eletivo, teve mais procura e aceitação após os filmes da Marvel (Thor e Vingadores), a série Vikings e o livro Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman.
Recentemente, o Mjölnir se popularizou entre o público brasileiro, sendo utilizado como adorno (principalmente como pingente em colares) entre adeptos e simpatizantes do paganismo, especialmente o nórdico.
O tema, durante longo período controverso e alvo de estudo de um público bem eletivo, teve mais procura e aceitação após os filmes da Marvel (Thor e Vingadores), a série Vikings e o livro Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman.
Lua Minguante - Limpeza, Purificação e Banimento
Estamos atravessando a fase lunar minguante (período de 06 a 11 de julho de 2018). Durante estes dias, com a energia que corresponde ao ciclo lunar em questão, é importante buscarmos o descanso e o refazimento das energias para o que virá depois.
Não é o momento mais adequado para iniciarmos atividades ou para maior dedicação ao que desejamos ver crescer. Isso será para depois, em outros ciclios lunares. Agora devemos poupar energias, mas podemos considerar também o conceito da limpeza.
A limpeza pode ser literal, como limpar a casa, por exemplo. Podemos aproveitar esta lua para jogar coisas fora, abrindo espaço em nosso lar e em nossas vidas, para o que nos será proporcionado a seguir.
A limpeza pode ser também de energias com as quais não desejamos mais lidar. O que você deseja limpar de sua vida? Por qual tipo de situação não quer mais passar? O nome para este tipo de limpeza é também banimento. Portanto, você irá limpar, retirar, banir algo indesejável de sua vida.
A lua minguante é própria para esta prática, a qual pode ocorrer com o apoio de algum ritual de sua preferência ou simplesmente com uma oração sincera. Peça aos deuses que te acompanham para que o ciclo lunar minguante seja proveitoso para banir de sua vida o que deve ser afastado. Que assim se faça!
Cernunnos - o deus cornífero
O deus cornífero é o deus fálico da fertilidade, visto ainda como o deus da abundância e da virilidade e senhor dos animais selvagens. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode.
Muitas vezes, Cernunnos foi assimilado ao misterioso Dis Pater de que César falava em "A Guerra das Gálias". No Gundestrup (O Caldeirão de Gundestrup é um artefato religioso encontrado em 1891 em Himmerland - Dinamarca), podemos vê-lo sentado com as pernas cruzadas, segurando um cordão (colar atributo das divindades) e uma serpente com cabeça de carneiro (símbolo da renovação).
Caldeirão de Gundestrup |
No País de Gales é assimilado a Gwynn ap Nudd, um dos soberanos do Annwyn, o Outro Mundo. Na Inglaterra é visto como Herne, o caçador.
Fonte: História das Mitologias do Mundo - Nanon Gardin
Não há somente uma opção
O livro traz como possibilidade de interpretação o estudo, o esforço intelectual para alcançar um conhecimento que será utilizado com determinada finalidade. Ocorre que, não raramente, nos dedicamos a algo e depois vemos que os caminhos a serem trilhados com este conhecimento não eram conforme a expectativa. A decepção pode surgir e nem tudo estará perdido por conta disso!
É como você cursar uma faculdade e, somente após quatro anos de tempo e dinheiro entregues àquela formação para o exercício profissional, perceber que a área não é favorável a você. Neste caso, se tivéssemos a foice ao lado do livro, poderia ser apenas uma advertência de que não é o melhor caminho a ser seguido. Diante do caixão, contudo, a verdade é que a escolha foi errada e é preciso trabalhar com a aceitação para seguir em frente. Não há nada para você nesta direção.
A carta dos caminhos fechando a leitura indica que não há apenas uma opção. Quanto antes você aceitar que fez uma escolha que não te levou a nada, mais rapidamente conseguirá visualizar outra possibilidade para fazer a vida funcionar.
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Informações: http://www.lunacao.com/p/blog-page.html
Observar, acreditar e agir
Esta sequência de cartas mostra uma ordem interessante que podemos considerar para o melhor resultado de nossas ações. Tenhamos em mente a importância de agir para oportunizar o sucesso, tal como mostra a chave - sucesso proveniente da ação, das iniciativas.
Antes da ação, contudo, precisamos pensar, para evitarmos fazer as coisas de qualquer jeito e desperdiçarmos boas ideias. A raposa traz o conceito da cautela e da observação para nos ajudar neste trabalho, já que assim conseguiremos enxergar a melhor forma de agir sem precipitação.
A criança nos fala sobre a esperança, ou seja, sobre a necessidade de acreditarmos naquilo que faremos para que o sucesso seja alcançado. Afinal, se for para começar com pessimismo, é melhor nem começar.
A ação precedida pela observação e pela esperança tende a funcionar muito melhor. Nada é 100% certo, mas o que for bem feito alcançará mais possibilidades.
Consultas: Tarot e Baralho Cigano
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